Os artesanatos da região centro-oeste do Brasil se apresentam com uma grande variedade de materiais e formas, sendo por isso um dos que mais chamam a atenção das pessoas.
Isso porque, além dos formatos diferenciados e tradicionais, que são expressão de um povo, se revelam também como uma forma de sustento para muitas famílias. Por isso, além da importância cultural, são também relevantes no sentido comercial.
Por assim ser, fizemos um compilado com as principais informações acerca dos artesanatos da região centro-oeste, com o intuito de que você conheça mais a cultura e produção dessa região do Brasil. Leia até o final e aprenda mais!
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Qual a origem dos artesanatos da região centro-oeste?
As peças de artesanato feitas na região centro-oeste do Brasil desenvolvem-se a partir da conjugação de várias tradições e costumes, estando de forma primordial ligada a cultura indígena dos povos que habitam essa localidade.
Além disso, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal tem sua cultura formada também a partir dos elementos que os migrantes das regiões vizinhas trouxeram, ou seja, sofrendo influências paulista, paraguaia, gaúcha e mineira.
Vale mencionar que são considerados artesanais os produtos feitos, geralmente de forma manual, a partir de produtos naturais, podendo atingir diferentes formas. Essas matérias-primas são selecionadas a partir da disponibilidade das localidades, em razão da facilidade e do custo.
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Quais os principais artesanatos da região centro-oeste?
Os estados do centro-oeste do país produzem uma grande quantidade de peças artesanais, que variam desde artes em madeiras, tapeçarias, olaria, peças com fibras naturais até os bordados.
Dessa forma, as matérias primas utilizadas nos produtos, portanto, são muitas. Em geral, são prata, madeira, argila, barro, plantas típicas, cerâmicas, além dos fios e linhas de bordados.
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Nessa sistemática, alguns artesanatos são sempre citados, em razão da sua grande importância cultural ou relevância da produção. Alguns são tão importantes que ganham notoriedade nacional e internacional, fazendo parte do patrimônio do Brasil.
As bonecas Karajás Ritxòkó é uma das expressões mais conhecidas, tendo sido, em 2012, tombadas como patrimônio cultural imaterial do Brasil. Elas são produzidas a partir de cerâmica e confeccionadas exclusivamente pelas mulheres da aldeia, sendo utilizadas como adornos e expressões culturais.
Também há os bordados livres da região da Chapada dos Guimarães. Essa região especificamente é uma das mais tradicionais nesse ramo, sendo chamada de capital do bordado.
Os principais produtos são panos de assunto e os lenços de lágrimas, que são bordados com frases da linguagem cotidiana ou com desenhos mais livres pensados para ser usados em situações nas quais lágrimas de alegria são derramadas, respectivamente.
A cerâmica das mulheres Kadiwéu é outro item característico pelos desenhos que enfeitam as peças e a forma de produção. As peças são elaboradas a partir de barro misturado com cacos de panelas e decoradas com linhas desenhadas com um cordão de caraguatá.
A produção é feita totalmente manual e a principal característica das peças são as linhas coloridas que se destacam.
Outra arte que não pode deixar de ser citada são as produzidas na aldeia indígena Kaupüna, conhecida internacionalmente. Eles produzem cestos e bancos a partir das plantas regionais, ou seja, com buriti, fios de algodão, piranheira e sucupira.
Em Goiás, uma das mais citadas são os trançados de tear feitos manualmente. É um dos símbolos regionais mais importantes do estado, sendo inclusive peças de vários museus. As peças são desde pequenos panos, como tapetes e caminhos de mesa, até redes e colchas para camas.
Além disso, podem ser mencionadas as cerâmicas de barro Tauã vermelho com argila sobreposta que formam diferentes bonecos e personagens, os tapetes e redes torcidas fabricados pelas mulheres ribeirinhas com fibras normalmente das plantas taquara, buriti ou urumbumba.
A viola-de-cocho é um instrumento musical artesanal que possui sonoridade única. Produzida pelos mestres cururueiros com técnicas de escavação na madeira, que formam o cocho e a caixa de ressonância. A fabricação utiliza batata sumaré ou vesícula de peixe, além de fios de algodão e tripas de animais.
O artesanato da região também pode aparecer na decoração das casas. É bastante comum a presença de jarros de barro com flores de algodão, trabalhos em lã e algodão em formato de animais, vasos e copos de madeira, decorações com cabaças enfeitadas e o uso de chapéus de capim entre os moradores, na medida em que são trabalhos fáceis de fazer e tradicionais.