O crochê passo a passo é indispensável para os iniciantes entenderem como podem se desenvolver nessa técnica milenar.
Assim, através de um guia completo, você passará a entender sobre os tipos de linhas de crochê, os pontos do crochê ficam mais fáceis de serem executados e outras possibilidades também se aproximam do processo criativo.
Além disso, com as dicas, exercícios e muita inspiração, você será capaz de evoluir muito no crochê e criar peças lindas como manta, peseira, cachepô, toalha ou trilho de mesa, sousplat, sapatinhos e roupas, almofadas, tapetes para quarto, entre muitas outras peças.
Não se preocupe, caso tenha dificuldades no início (algo muito natural), isto é apenas uma fase.
Com o tempo as pessoas adquirem essa habilidade, dentro do processo de cada um, com duração e desenvolvimentos diferentes.
O melhor é não se julgar pelas falhas, afinal, o mais importante é manter forte a vontade de aprender para não esmorecer ou desistir.
Crochê passo a passo para iniciantes
Crochê não é nenhum bicho de sete cabeças, muito pelo contrário, os iniciantes no crochê, geralmente, chegam sem saber fazer pontos, nem como segurar na agulha.
Fatores que, realmente, influenciam no desenvolvimento do aprendizado são: dedicação, disciplina, atenção, metodologia correta e muita vontade de fazer crochê.
O passo a passo básico orienta sobre como se deve segurar a agulha, os tipos de agulhas e fios ideais para começar, além da prática dos pontos introdutórios.
A agulha deve estar firme, mas o movimento que ela faz para trabalhar os fios vai melhorando com a prática, pois o início pode parecer estranho e confuso.
O fio não pode escorregar da mão e, a depender da pressão colocada para esticá-lo, o ponto fica mais frouxo ou mais apertado.
Visualize, muitas vezes, alguém fazendo os pontos que deseja aprender e treine bastante para ganhar tempo e para aprender a fazer os pontos do mesmo tamanho.
A oscilação de tamanhos que os pontos em crochê podem ter no início, acaba gerando problemas na continuidade do trabalho.
O movimento da agulha (o de puxar o fio) tem que ficar cada vez mais natural para que os pontos saiam iguais e equilibrados.
De qualquer forma, esse tipo de coisa é comum que aconteça no início, então, não se desespere e siga confiante.
Com todas essas dicas, o próximo passo é conhecer os principais pontos e passo a passo do zero. Pensando nisso, selecionamos dois vídeos do Marcelo Nunes Croche para que possa conferir todos os detalhes. Veja e aprenda!
Como fazer o primeiro ponto de crochê
O primeiro ponto pode gerar algumas dificuldades, mas com treinamento tudo se resolve e se aperfeiçoa. Em geral, o primeiro ponto de crochê é o ponto corrente, formado por uma laçada para fazer a primeira correntinha do trabalho.
Passo 1
A partir da ponta do fio, conte três dedos para marcar o local onde o primeiro ponto deverá ocorrer.
Passo 2
Enrole o fio no dedo indicador da mão esquerda, e marque o lugar que o ponto deve ser feito com este dedo, segurando o restante do barbante com os outros dedos da mão.
Passo 3
Depois, com a agulha faça uma volta para dar a laçada, mas antes de puxar o fio para dentro da alça formada, segure a base da alça com os dedos para que ela não se desfaça.
É necessário também se atentar ao tamanho da abertura (alça) por onde o fio deve passar.
Algumas pessoas, para começar, até tentam criar essa alça inicial com os dedos para depois apenas puxar o fio com a agulha.
Só que o ideal mesmo é usar a agulha para tudo, ela serve para puxar a alça, cruzar o fio e dar a laçada. Use os dedos apenas para ajeitar o primeiro ponto, no final, se for necessário.
Com cuidado para não apertar demais e nem deixar o ponto frouxo, o tamanho desse ponto servirá de referência para todos os outros que seguirão.
Ainda que consiga fazer logo de primeira, tente repetir este primeiro ponto até ganhar mais confiança. A repetição é uma dica imprescindível para quem deseja aprender esta técnica artesanal cheia de possibilidades.
Veja o tutorial desse passo a passo inicial de crochê do canal Aprendendo Crochê:
Dicas para escolher a linha e agulha de crochê
O crochê passo a passo também exige que os materiais sejam previamente escolhidos de acordo com o trabalho que será confeccionado ou com a sua preferência.
Em geral, os iniciantes preferem trabalhar com os fios intermediários, que ficam entre os mais finos e os mais grossos.
Esses fios podem variar entre o número 6 e 10, de modo que as desvantagens que os fios mais finos ou mais grossos oferecem, se tornam relativas.
Os fios mais finos (3 a 5), acabam sendo mais delicados e por isso exigem mais da técnica porque tendem a ficar muito apertados e não rendem muito no trabalho. Além disso, eles podem escorregar com mais facilidade da agulha ou da mão.
Já os fios grossos, que estão acima do tamanho 10, acabam por serem mais rústicos e se desmancham com facilidade quando não há técnica o suficiente para a manipulação deles.
Eles rendem mais no trabalho, mas podem facilmente criar fios soltos nas carreiras porque se desmancham durante o movimento da agulha.
Sendo assim, a agulha também precisa ter um tamanho que se adeque ao tamanho do fio, esse tamanho é medido em milímetros, que indica a espessura da agulha em questão.
Por isso, existem agulhas de 1mm, 1,5mm, 2mm, 2,5mm, e assim por diante.
Então, os milímetros da agulha precisam corresponder ao tamanho da espessura do barbante, que, neste caso, é atrelado à uma numeração.
Essa relação de correspondência fica evidenciada nos rótulos das agulhas de crochê, informando as numerações ou espessuras de fios que podem ser usados por cada uma.
Os tamanhos de fio com numeração 10, por exemplo, funcionam bem em agulhas do tamanho 7mm. Dessa forma, relacione os barbantes com as agulhas para começar o trabalho bem.
Essas numerações são necessárias para ajudar na escolha dos materiais, sobretudo, para os aspirantes em crochê que querem aprender com praticidade e sem preocupações.
Pontos de crochê mais usados
Os pontos mais usados no crochê variam entre os básicos e os pontos fantasia.
Os básicos mais introdutórios e necessários para começar a crochetar, são: o ponto corrente, o ponto alto, o ponto baixo e o ponto baixíssimo.
As correntinhas ou ponto corrente, são laçadas iniciais que aparecem também na continuidade do trabalho para gerar detalhes e criar conexões entre outros pontos.
O ponto baixo é um ponto com laçada que não oferece muita altura na peça e serve para arremates, acabamentos ou pontuações específicas no trabalho.
O ponto baixíssimo é ainda menor que o ponto baixo e serve também, com muito menos destaque, para as mesmas atribuições do ponto baixo.
O ponto alto oferece altura e é ótimo para gerar agrupamentos que criam desenhos e modelos lindos no crochê, sendo uma preferência na construção de modelos diversos.
Misturando os pontos básicos é possível fazer sequências que resultam em outros pontos, chamados de pontos fantasia ou tradicionais no crochê.
Esses pontos são mais elaborados, mas servem tanto para iniciantes quanto para os profissionais de plantão. Entre os pontos fantasia, os mais usados são: o ponto pipoca, o ponto abacaxi e o ponto estrela.
O ponto pipoca cria um grande ponto na peça, fazendo um alto relevo e pode criar diferentes detalhes charmosos.
Uma peça feita com o ponto pipoca fica muito fofa e macia, oferecendo ainda uma textura muito especial provocada por esse ponto.
Já o ponto abacaxi tem este nome porque se assemelha a um abacaxi, de fato, e, muitas vezes, acaba sendo o carro-chefe de uma peça de crochê totalmente produzida por esse ponto.
Ele é muito famoso e apreciado para peças de verão, graças ao seu desenho tropical com a trama aberta e cheia de charme.
O ponto estrela é um ponto no formato de uma estrela que também atrai muitos admiradores pelas possibilidades que traz.
Esse ponto também cria alto relevo nos trabalhos, podendo gerar uma trama mais fechada ou mais aberta, conforme o modelo da peça.
Vale ressaltar que qualquer ponto, seja ele básico ou fantasia, pode criar uma peça completa, sendo o principal ponto a ser utilizado, embora não seja o único.
Dicas para fazer bico de crochê
O bico de crochê, conhecido também como barrado, é o acabamento das diversas peças feitas através do crochê, conforme o passo a passo desejado.
Para fazê-lo é necessário ter em mente um desenho que fique harmônico nas bordas do trabalho de acordo com o modelo usado e o tipo de peça escolhida.
Esse barrado pode ser simples, feito apenas em uma única carreira, mas também pode ser feito com várias carreiras que resultam em um bico mais detalhado.
O acabamento desejado pode ter uma cor diferente das demais que já foram usadas na peça, mas também pode ter a mesma cor do preenchimento.
Pense nas cores do bico, assim como nos pontos de crochê que precisam ser executados para criá-lo, afinal, muitas vezes o barrado é até mais difícil de fazer do que a própria peça em si.
Usando pontos básicos ou pontos fantasias, o seu barrado precisa ser um detalhe especial, algo diferente do que já foi construído até então no trabalho.
Ele é justamente uma borda que finaliza o trabalho, a partir de um diferencial. Aprecie diferentes tipos de bicos de crochê para ter a mínima noção do que esse acabamento é capaz de causar na peça.
Se a peça tiver muitos detalhes, com pontos complexos, o barrado pode ser mais simples e vice-versa. Crie contrastes para que o barrado se harmonize e fique bem na composição geral.
Ele pode ser ondulado, mais reto, ter um desenho específico ou, apenas, uma cor diferente.
Muitas vezes, o barrado acaba sendo uma peça à parte, contendo desenhos centrais, juntamente, com a própria borda do bordado contendo diferentes pontos e detalhes.
Não é à toa que essa parte do passo a passo é tão explorada e bastante importante para quem ama e faz crochê.
Tipos de crochê mais fáceis para começar a fazer
Para explorar o crochê da melhor maneira, conheça alguns tipos que servem para diversas produções.
O crochê filet é um exemplo de um trabalho geométrico, em geral, muito plano e frequentemente usado para texturas delicadas. Ele é formado com pontos altos intervalados pelas correntinhas, criando espaços vazios.
O crochê irlandês é conhecido pelas rendas irlandesas que oferecem relevos para peças que são únicos e detalhados.
Na Irlanda, essa produção era feita de modo alternativo para trabalhadores pobres da região, sendo também uma forma de aliviar as tensões, já que a prática é bastante relaxante.
O crochê peruano já é feito a partir de um cilindro, por onde passa as correntes para formar laços e, por conseguinte, a peça em tecido.
Tradicionalmente, o cabo de vassoura é usado como cilindro para este tipo de crochê.
O crochê de grampo é um estilo que mistura os pontos básicos do crochê, criando amarrações ou peças entre hastes de madeira ou metal, para provocar o formato de U. Por fim, o crochê tunisiano combina pontos do crochê e do tricô tradicional para fazer texturas fortes.
O trabalho desse tricô/crochê é sempre feito da direita para a esquerda, com uma agulha comum de crochê, mas também com um cabo comprido para colocar os pontos.
Sendo assim, o passo a passo do crochê de cada tipo mencionado será bastante diferente, carregando especificidades e fundamentos.